Oi Pessoal,
Já escrevi alguns artigos sobre tecnologias computacionais mas nesse vou falar um pouco mais sobre computação de borda, em nuvem e como algumas aplicações lidam com impacto ambiental de maneira muito profissional e consciente.
Vamos começar falando de computação de borda x computação de nuvem
Que a computação em nuvem é realidade todos sabemos mas também sabemos que algumas empresas precisam de um processamento de dados muito grande e pensando nisso, será que a computação de nuvem é mesmo a melhor opção? Não seria melhor algo híbrido?
Então, vamos pensar em um ambiente de alto processamento para que o conceito fique claro para quem estiver lendo.
Vamos falar de um banco por exemplo, que tem milhões de transações por segundo e dos mais variados tipos…existem pontos relevantes nessas transações que podem leva-lo a processar parte ou quase todos em um ambiente não-nuvem como os 3 que vou citar abaixo ( existe mais situações a serem pensadas além dessas 3 )
- Performance: quando você usa seu cartão, o processamento precisa ser imediato em aprovar ou reprovar sua transação
- Segurança: mesmo que haja criptografias, bancos são alvos de ataques e algoritmos de alta complexidade são aplicados para que as transações sejam seguras
- Disponibilidade: pontos de falha de conexão e internet por exemplo podem ser um impacto negativo e quando uma carga muito grande de dados é trafegada podem haver ou perdas de pacotes ou até a perda de perfomance que falamos pois a conexão pode ficar indisponível
Então empresas com missão crítica podem ter um ambiente híbrido do ponto de vista computacional processando grande parte dos dados internamente e enviando para sistemas em nuvem apenas dados já processados, gerando pacotes de informação menores, “curados” que são apenas os dados que as aplicações hospedadas em nuvem precisam receber para diminuir trafego, carga de processamento e alta dependência de processamentos em nuvem.
O mesmo podemos pensar em sistemas cloud que tem várias fontes de dados, esses dados podem ser processados onde eles estiverem e enviados em pacotes menores para um sistema unificado em cloud.
Se olharmos soluções de impressão por exemplo, trafegar documentos inteiros da origem ( PC, laptop‘s, tablets e smartphones dos usuários ) até o destino ( impressoras, multifuncionais ) seria um desperdicio de conexão ainda mais em regiões onde a conexão com a internet não é tão eficiente.
Nesse cenário, imagine que o documento a ser impresso seja enviado localmente do dispositivo de origem até o destino e apenas dados menores como confirmação de autenticação, dados sobre a bilhetagem do trabalho e outros pequenos pacotes sejam enviados para a nuvem aumentaria a eficiencia do serviço, disponibilidade do mesmo e ainda manteria segurança e privacidade (LGPD) dos documentos.
Quando falamos que o documento vai do dispositivo de origem até o de destino é onde aplica-se o conceito de computação de borda pois todo o processamento mais pesado é feito entre esses dispositivos e os processamentos menores feitos pela cloud.
Realmente é um cenário mais eficiente e permite que tecnologias de redundancia e até mesmo eliminar uso de servidores locais seja possível! como a REDE EDGE-MESH que usa o melhor processamento entre dispositivos locais e nuvem para eficiência máxima em implementações rápidas, disponibilidade mais alta possível e ainda seguro e dentro de conformidades LGPD.
Mas onde entra o impacto ambiental nesse assunto?
Com as tecnologias citadas é possível além de ter o menor impacto ambiental chegamos a um ponto de maturidade que esse impacto ressoa no bolso das empresas como por exemplo, é possível você economizar até baterias de seus equipamentos ( laptop‘s e todos dispositivos que usem bateria ) pois a tecnologia permite entender se o equipamento esta ou não conectado na tomada e, automaticamente, envia processamentos mais pesados para equipamentos conectados a energia elétrica para economizar bateria dos que não estão conectados.
Esse gerenciamento de bateria pode parece bobo mas pode aumentar a vida útil de uma bateria em até 35% dependendo das atividades que o usuário executa em seu equipamento e diminuindo custos para quem oferece locação de notebooks e para quem utiliza o equipamento tendo mais tempo de bateria disponível.
Sim, isso é sim uma proteção ambiental pois menos baterias trocadas menor é o impacto ambiental mas não apenas disso vivemos com um impacto ambiental consciente.
Quando falamos do mercado de impressão, Co2, energia elétrica e quantidade de árvores que foram usadas em uma produção de papel são indicadores interessantes inclusive para iniciar uma transformação digital em uma empresa.
Quando fazemos transformação digital, essas tecnologias são aplicadas para que haja menos atividade possível no dispositivo de origem e tudo processado em borda ou cloud.
O OCR é um exemplo claro para quem trabalha nesse mercado pois naturalmente é um processamento mais pesado e normalmente feito em um equipamento que tenha poder computacional maior e que não deixe o equipamento que usuário estiver usando ocupado sem permitir que ele faça mais naquele dispositivo sem ter que esperar a mensage “processando, aguarde”.
Quando o OCR é um ponto de alta necessidade e o volume é alto, processar um OCR em um servidor na borda ( ou seja, local ) é recomendado mas quando é um complemento ou o volume é médio pode-se processar isso em uma cloud com poder computacional bom…para OCR de conveniência o próprio equipamento que faz o scan pode fazer sem muitos problemas.
Planejar isso é interessante pois se não planejado pode ser ok no começo mas pode causar lentidões quando o volume aumentar e por isso é importante conhecer um pouco do cliente e fazer uma oferta condizente com o momento atual e o que foi planejado para um futuro entre 12, 24 meses…
Dificilmente uma empresa consegue “zerar” seu impacto ambiental, isso é quase uma utopia porém diminui-lo e ter práticas conscientes é importante pois como no livro “a quarta revolução industrial” 80% das empresas até 2022 vão colocar esse tema como relevante na hora de contratar algum fornecedor ou serviço.
Importante também que cada negócio, cada ambiente pode precisar de uma característica e ainda, dependendo do seu DPO exigir práticas mais rígidas de processamento desses dados. Essa é uma decisão tomada em projeto e fazer a divisão entre borda e nuvem pode variar para cada cliente e o que ele deseja. Nesses casos o importante é você contar com soluções em seu portfolio que atenda qualquer tipo de ambiente e situação que possa enfrentar.
Espero poder ter ajudado em um entendimento e agradeço demais a leitura!!
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