Computação de Borda x Nuvem

Animação de Dados

Bom dia pessoal!!! excelente semana a todos!!!

Hoje nosso post tem a ver com computação em nuvem e computação de “borda”, ou seja, como caminhar para nuvem e o que manter internamente na empresa.

“Data is the new oil” – Dados sao o novo petroleo – Intel Corporation

Atualmente a nuvem é o caminho mais desejado por todos para que tudo esteja disponível, acessível e seguro ( principalmente seguro ) mas ainda assim a massa crítica de dados é alta pois a geração de informações e as “migalhas” digitais deixadas pelos usuários como um “carrinho de compras” que não teve sua compra finalizada, um download de um eBook e etc servem para estudar o comportamento dos usuários e poder oferecer os produtos mais indicados para cada público.

Além de estudo de comportamento para vendas on-line, empresas que precisam dos dados para seus fluxos de negócio também tem uma massa gigante de dados para transforma-los em informação utilizável e não deixa-las em um monte de “bits e bytes” que não são relevantes para uma tomada de decisão por parte da emrpesa para qual caminho seguir.

Tendo isso em mente, a Intel, fabricante de semicondutores ( os famosos processadores que conhecemos ) tem uma visão sobre computação de borda e computação de nuvem extremamente interessante principalmente para o nosso Brasil que tem uma comercialização de nuvem com detalhes de carga de dados enviados a nuvem e ainda o impacto do dólar em nossos preços

A Intel acredita que é importante manter uma infra-estrutura local para processar a massa mais crítica de dados ANTES de envia-la a nuvem diminuindo o trafego dos dados de dentro da empresa até a nuvem. Isso aplica-se por exemplo a LGPD que prevê um tratamento dos dados como anonimiza-los, retirar dados pessoais e ainda mais para poder ser disponibilizado na nuvem ou seja onde for.

Segundo eles temos uma quantidade ainda gigante de processamento em borda

  • 45% dos dados serão armazenados e analisados em 2019
  • 43% das tarefas de Inteligência Artificial acontecerá na borda até 2023 vs. Nuvem
  • 15X de aumento de dispositivos com capacidades de I.A. na borda até 2023
  • Fonte: intel Brasil

Esse tratamento de dados é a parte onde pegamos eles de forma “bruta” e fazemos o primeiro passo de “lapidação” desses dados pois por serem dados compartilhados entre empresas é importante que eles estejam “mastigados” enviando apenas o que é efetivamente necessária a nuvem. Já na nuvem o próximo passo é feito de forma mais “leve” e a disponibilização dessa informação fica mais rápida, efetiva e com duas camadas de segurança principalmente no que tange privacidade de proteção de dados pessoais e sensíveis.

Dispostivos que sao INTERNET DAS SUAS COISAS estao sempre conectados

Isso também se aplica a iOT ( internet das coisas ) pois todas tem processamento de comportamento e acima de tudo, captam dados pessoais pois são o que chamamos da “internet DAS SUAS coisas” e por isso tão importante estar alinhado com LGPD e outras regras de segurança e privacidade

Muitos acreditam que não estamos mais na era de geração da informação mas sim da CURADORIA das informações pois a informação gerada já é realidade mas como trata-la com o devido cuidado, relevancia, importancia sem quebrar regras e leis vigentes?!?!

Falando de B2C ( produtos para consumidores finais, pessoas físicas ) todos os seus produtos conectados tem Inteligência Artificial para que possa efetivamente ajudar no seu dia-a-dia mas a quantidade de processamento é gigante e por isso eles contam com processadores e softwares que fazem essa coleta e tratamento de dados. Para que isso seja possível é o comportamento de “borda” que a Intel tem em sua visão.

O mesmo acontece no B2B ( produtos para empresas e negócios ) principalmente os que coletam dados de clientes para ofertas mais ajustadas e relevantes para cada empresa.

Esse processamento, na visão da Intel, deve ser feito do lado LOCAL do ecosistema protegendo o usuário e a empresa de não enviar dados que não são relevantes ao que o processamento de “nuvem” precisa para fazer o que precisa fazer.

Para esclarecer ainda mais o tema, imagine o metrô de São Paulo ( antes da pandemia ) as 18:30….é um caos mas o processamento de imagens precisa ser capaz de identificar infratores, criminosos e até baderneiros em meio a uma multidão e o processamento de borda é mais capaz e veloz para esse tipo de ação pois precisa de respostas imediatas além de uma capacidade absurda de identificação e reconhecimento de faces para não cometer falhas. Isso é aplicável a aeroportos, rodoviárias e onde há um fluxo grande pessoas em constante movimento e é necessário identificar 100% desse transito de pessoas.

Outras aplicações estão em andamento como verificação de Zona Azul em cidades aqui no Brasil onde a fiscalização é feita por motos que apenas andam pelas ruas e as placas são verificadas, antes dessa verificação uma camera e um processador de imagem capturam 100% das placas e armazenam para uma verificação com o departamento de rodagem da cidade para validar se o veículo esta no prazo de Zona Azul. Esse é um processamento de borda + nuvem pois o equipamento na moto processa os dados, retira o que não é necessário e confirma com o sistema da cidade se a placa esta de acordo ou não através da nuvem.

A Intel vê focos para algumas verticais para computação hibrida ( borda + nuvem ) como

  • Varejo
  • Transportes
  • Saúde
  • Industrial
  • Setor Público
  • Serviços Financeiros
  • Cidades Inteligentes ( para Segurança e Proteção )
  • Setor de Educação
  • Setor Automotivo
O setor de varejo foi o que mais investiu nessa pandemia em modelos de ecommerce

No Varejo existem soluções brasileiras aprovadas pela Intel para serem comercializadas a nível global como o safecollect.com.br que é uma solução de Smart Locker onde espalhados pela cidade os usuários podem escolher onde retirar seus pedidos feitos pela internet mais próximos de seus trabalhos ou casa.

Alguns varejistas já estão na fase de implementação dessa tecnologia como os supermercados TENDA e a rede de PetShop’s PEtZ que com a pandemia aceleraram a adoção dessas possibilidades para melhor atender a demanda de seus clientes com CONTATO ZERO pois o consumidor recebe suas compras e as retira sem contato com ninguém.

Outras empresas apostam em analytics para usar o locker parcialmente como entrega e parcialmente como vending machine já deixando alguns produtos em seus lockers e atendendo demandas quase que instantaneas sem necessidade uma loja física. Aumentando seu poder de vendas com baixos custos.

Falaremos mais de Smart Lockers em próximos posts mas o que a Intel considera é um varejo mais conectado e mais efetivo.

A nuvem definitivamente já é realidade para a maioria dos negócios e pessoas mas a borda tem a capacidade de altos processamentos e sempre melhorar a experiência de uso dos consumidores da informação pois não depende da internet e ainda torna os dados prontos para serem enviados quando possível a um sistema em nuvem…

Espero que esse tipo de post possa ajudar a todos a pensar sobre essa visão de borda x nuvem e ainda como a LGPD precisa ser levada a sério na hora de montar um ponto de processamento de dados. A privacidade e proteção de dados é LEI e como toda lei vai gerar muito “falatório” em seu início…prepare-se

O autor desse artigo é membro da ANPPD

Créditos Intel

Imagens Freepik

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